Cyber love

A quem me perguntar da ausência

Direi que estava apenas deletando,

As mágoas e rancores expurgando

Da memória RAM da consciência.

Torrei a placa-mãe da incoerência,

Fiz um backup e fui compactando

Minha vida, e fui desprogramando

Aos poucos meu ser da existência.

O mal moderno que adoece e mata

É o pagamento final desta bravata

De ver a criatura devorar o criador.

Num disquete perdido estava escrito:

Não se troca Deus por um proscrito,

Nem amor de gente por computador.

marcelo ferraz
Enviado por marcelo ferraz em 23/09/2007
Código do texto: T664573
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