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POVO REPRESENTADO
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Num marasmo, que mal alui os pés,
o Congresso, a rigor, sequer não anda,
ou, quando bem se mexe, de viés,
é toma-lá-dá-cá pra toda banda.
 
Sacripanta, de pança sempre panda,
ó nobre Parlamento, tu quem és?
Com o povo tu só brincas de ciranda,
muitas vezes, até, dás pontapés.
 
Entretanto, não vás ao fechamento.
Mas te quero da gente o porta-voz,
sem ao bolso legares baita aumento.
 
E aberto, democrático, lotado...
Congresso de ninguém vilão e algoz
– o povo, então, melhor representado.
 
Fort., 22/05/2019.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 22/05/2019
Código do texto: T6653561
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