Passando entre as câmaras funerárias
Passando entre as câmaras funerárias
Amaldiçoando ao vento a minha má sorte
Silente eu vou flertando com a morte
Pois vivo em infortúnio feito um pária
Privado de amparo que me conforte
Minha vida é tão vazia e solitária
Mas sob o horror das paisagens mortuárias
Eu faço da mortalha o meu suporte
Em face desse horror eu me submeto
Ouvindo os chocalhos dos esqueletos
E o intenso frio do subterrâneo
Em rumo desse mórbido fatalismo
Meus pés se apressam para o abismo
Até que os vermes rodeiem o meu crânio