Passando entre as câmaras funerárias

Passando entre as câmaras funerárias

Amaldiçoando ao vento a minha má sorte

Silente eu vou flertando com a morte

Pois vivo em infortúnio feito um pária

Privado de amparo que me conforte

Minha vida é tão vazia e solitária

Mas sob o horror das paisagens mortuárias

Eu faço da mortalha o meu suporte

Em face desse horror eu me submeto

Ouvindo os chocalhos dos esqueletos

E o intenso frio do subterrâneo

Em rumo desse mórbido fatalismo

Meus pés se apressam para o abismo

Até que os vermes rodeiem o meu crânio

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 17/06/2019
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