A minha estrada é sempre tão vazia

A minha estrada é sempre tão vazia

Eu vago nesta vida feito um pária

Em dolorosas noites solitárias

Sem ninguém pra amenizar minha agonia

E junto as estatuas marmóreas e frias

E nos prantos da cerimônia funerária

Encontro a paz nas coisas ordinárias

Sob a penumbra das colunas sombrias

Contemplando os lamentos lá do breu

Ansiando a sorte de quem já morreu

E não padecer com o peito amargurado

Minha alma cansada não mais suporta

Em ser aquele que ninguém se importa

O que subsiste e nunca é lembrado

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 22/07/2019
Reeditado em 22/07/2019
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