Hecatombe de um Morto

Inimigo a olhar o vexado moribundo

Morto há pouco tempo na sepultura

Acerbo num seco canal da sutura

Linear que desafia a febre do mundo.

Submergindo nos pecados imundos

Hostil ao amor nesta vereda à loucura

Na noite aziaga das dores da secura

Vendo se perder no inferno o Dismundo.

Embrulhado com madeira na cova

Insultado até pelo coveiro abjeto

Roubado na memória de seus objetos.

Era seu ofício ser um perdulário

Com o sacrifício do ganho diário

Foi seu carrasco nesta triste alcova.

DR DMITRI

Dr Dmitri
Enviado por Dr Dmitri em 27/09/2007
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