Hecatombe de um Morto
Inimigo a olhar o vexado moribundo
Morto há pouco tempo na sepultura
Acerbo num seco canal da sutura
Linear que desafia a febre do mundo.
Submergindo nos pecados imundos
Hostil ao amor nesta vereda à loucura
Na noite aziaga das dores da secura
Vendo se perder no inferno o Dismundo.
Embrulhado com madeira na cova
Insultado até pelo coveiro abjeto
Roubado na memória de seus objetos.
Era seu ofício ser um perdulário
Com o sacrifício do ganho diário
Foi seu carrasco nesta triste alcova.
DR DMITRI