OS ESPINHOS DA MALDADE

Se no caule de uma rosa formosa

Brota os mais agudos espinhos,

O que dizer do coração humano na sua dolorosa

Ânsia por descobrir trevosos caminhos?

Se na beleza de uma fera em ligeiro movimento

Está latente aquele ímpeto irascível,

O que dizer de uma alma cujo intento

Só aparenta ser irrepreensível?

Os terríveis espinhos da maldade

Crescem no coração com brutalidade,

Pois induz muitos ao vício inebriante da insensatez.

Eles ferem a ternura com o seu rancor,

Deixando-a desolada e sem valor

Nas trevas de uma implacável desonradez.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 24/08/2019
Reeditado em 30/08/2019
Código do texto: T6727972
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