SOBREVIVENTE
Quantas vezes fugi do fogo,
Das lanças, dos varas-pau,
Quantas vezes vaguei cidades,
Por ser possuído pelo mal.
Anos da eternidade, se vai,
Que saudade, cai,
Por poucos insolentes,
Pela morte, sobrevivente.
Amor que protejo da sorte
Somente tirei a parte,
Que cegou e deu norte.
Amor que passou do corte,
Alimento nas minhas tardes,
Mudei de abrigo, encarte.
Gigio 30/09/07 23:25h