Marcha fúnebre

A noite obscura que ronda meu dia

Sombra nefasta que ascende imponente

Treva que à beira do fim me vigia

Escuridão... que recai de repente

Surdo silêncio que a vida assedia

Vil quietude que chega insolente

Drama soturno que, face à agonia,

Faz-se mistério, temor penitente

Impetuosa, no vasto infinito,

Reina, soberba, esperando o final

Dos imbecis e, também, eruditos

Para que o verme, de ação visceral,

Neste banquete de corpos aflitos

Sinta o sabor de minha alma imoral

Vitor do Carmo Martins
Enviado por Vitor do Carmo Martins em 19/11/2019
Código do texto: T6798716
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