SONETO DA SUPER AÇÃO

Crédula luz recomeça a surgir;

Resiste às sombras um raio de sol;

Entorpecida, a razão de existir

Soa num lídio sétima bemol.

Cresce, no horto, uma flor de hortelã;

Um cheiro forte; uma brisa; o verão;

Esse furor, típico da estação,

Brinda-nos com furiosa manhã.

As folhas mortas recolhem-se atrás;

Pássaros pousam e escutam, do chão,

O som da lira do menino Orfeu;

Outro veleiro atracou no cais,

Mais um poema tornou-se canção;

Já não me importa se você não leu.

Cassio Calazans
Enviado por Cassio Calazans em 27/11/2019
Reeditado em 27/11/2019
Código do texto: T6804710
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