Querida Crueldade.

Tu és a noite que se passou

uma poeira talvez, somente

um sereno cá dentro da mente

um vento ralo que em mim soprou

Fostes o espinho que me penetrou

ate ferir-me a semente

a dor infinda cruelmente

o véu de gozo que se rasgou

Fostes o voos das agonias

num céu de nuvens feias sombrias

a ave má que não deitou pouso

a minha alma jaz amargurada

em qualquer canto está sepultada

talvez sem ti encontre repouso.

Ebenézer Lopes
Enviado por Ebenézer Lopes em 01/01/2020
Reeditado em 22/06/2020
Código do texto: T6831867
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