Peso-perdão

Não foi a dor de ver teu pranto, amor,

como esta dor brutal que sinto agora.

A intensidade é outra e me devora

qual fosse um grande monstro escavador.

De ler no rosto teu tristeza a dor

(de te perder de vista, de ir embora,

de me sentir mais um ninguém lá fora)

não vigorou com tão cruel vigor.

Por todo o mal que te causei sofri.

Sofri demais! Mas o que sofro aqui,

tanto é maior que me fincou no chão.

É o peso... O peso que me cai nos ombros

e me reduz a tão somente escombros:

Teu grandioso e arrasador perdão.

Alex Olliveira
Enviado por Alex Olliveira em 06/01/2020
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