Palavras

Sempre escrevo na escuridão,

quando as luzes todas se apagaram.

Escrevo sobre desolação,

e os remorsos que ficaram.

Não sei escrever nada feliz,

e olha que já tentei.

Cada poesia que já fiz,

é uma lágrima que sufoquei.

São cheias de vazio essas linhas,

há também um rancor debochado,

são todas palavras minhas.

E elas me tem magoado,

São, talvez, o meu legado.

palavras de um condenado.