Na tua alma brincam cachoeiras

Meus olhos têm montanhas de querer

Para os teus olhos grandes e profundos.

E eis que choram tudo ao te dizer

Que os teus não chorem nem mais um segundo.

Se é teu o olhar que me compôs o mundo;

Se é dele o tom que me revela o meu,

Quando desabas nesses olhos fundos

Morre a esperança que nos conheceu.

Na tua alma brincam cachoeiras.

Da tua alma, vêm colher a minha

Outros templos, terreiros, catedrais.

Respira tua alma nela mesma.

Acalma as tuas águas irrequietas.

Por minha causa, e outras mais gerais.

Célia de Lima
Enviado por Célia de Lima em 02/02/2020
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