AUSÊNCIA

A U S Ê N C I A

L Prado

Nem um aceno: vivo sem carinho !

Nenhum abraço: sem amor, sem afeto !

Só o que tenho é um olhar discreto

Que não ilumina o meu caminho.

E na penumbra de meu cantinho

Tudo é sonho, irreal, nada é concreto.

Tenho que caminhar , sempre sozinho,

Sentindo-me como um ser abjeto,

Mas já não choro, e nem me lamento;

Já me acostumei a esse tormento

Que é viver tão perto e estar ausente.

O tempo anda, passa muito lento.

Eu aceito, sabe, eu me contento

Em vê-la; e senti-la em minha mente.

Fuzzy
Enviado por Fuzzy em 10/02/2020
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