3. SUPREMA VENTURA (Da série: Um espinho chamado saudades)

Suprema ventura

Amar, viver de amor, ambos na idade

Em que o prado floreja e o sol fulgura

Tu vendo em mim tua felicidade

Eu vendo em ti minha maior ventura.

Moços ambos, no ardor da mocidade

Amar, viver de amor que sempre dura

E nem ter medo à própria sepultura

Porque o amor vai além da eternidade.

(a alma de um gozo, única ventura)

Duas vidas unirmos numa vida

Num só dois corações se entrelaçando

Eis o meu ideal... meu sonho brando!

Eis o nosso destino, alma querida!

Destino que há de vir... que vai tardando.

31- VII-1911

OBS. Registro que encontrei este soneto escrito num livro de história impresso em 1907. O livro pertenceu a meu avô, sub tenente Lavigne. No entanto, há registros de escritas de seus amigos, poetas daquele tempo. Não há como obter permissões pois já faleceram e o livro hoje pertence a mim por herança sentimental. Não haverá ganhos econômicos com isso, no entanto ganhamos nós poetas contemporâneos com tamanha lindeza. Imaginem a letra escrita com caneta pena/tinteiro, uma verdadeira obra! Mantive a originalidade das palavras no português da época.

Há outras poesias registradas com datas e horas que irei postando aqui no Recanto das Letras para que não se perca tamanha obra!

As poesias farão parte de uma série a qual denomino:" Um espinho chamado saudade" a fim de homenagear aqueles corações que ousaram escrever nos livros de história seus sentimentos.

Espero que gostem!

Vento de Outono
Enviado por Vento de Outono em 19/02/2020
Reeditado em 19/02/2020
Código do texto: T6869830
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