recriando-me a natureza

O que sou de vida em teu colo verde,

É, de verdade, mais do que te oferto.

E se me recrio em teu solo fértil

É que sempre me acolhes no teu ventre.

E eu? Que faço eu? Como te defendo?

Perdem-te as minhas mãos... Não te liberto,

Nem te abarco... Também não regenero,

Quando te acabo e penso que retenho.

Como te restaurasses no teu sangue,

Renasce em mim, também, oh Natureza!

Que eu seja, enfim, a mão que te orienta...

Porque se tens em ti uma realeza,

É essa de ensinar, na própria seiva,

A quem te nasce e, por fim, te alimenta.