SONETO BESTA À BEÇA

O parvo arrota uns ranços, seu reparo,

Emenda ao mundo ou o quanto dele ignora

Em tais e quais categorias -- claro

Que tem certezas, sério, quase chora

Tossindo queixas -- quem vai pagar caro

A tal tragédia em curso, ao mal, lá fora?

Fascistas! Ah, que aguardem seu disparo...

Que aguardem pela bala redentora!

Sem distinguir do fato o que é mentira

Vai cerzindo em suspeitas a quimera

Distópica da mente que delira.

Jamais vi mais estúpido ou mais besta --

A azêmola quer se passar por fera,

Não ruge, entanto, zurra ao fim da festa.

.

Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 27/03/2020
Código do texto: T6898321
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.