Manhã de domingo

Domingo de manhã, lá fora o inverno

Faz seu papel enquanto a estúpida horda

De bêbados e vândalos acorda

A rua com seu “hit” mais moderno.

Cá dentro, neste meu refúgio interno,

Eu armo a rede, amarro-a numa corda,

Relembro a namorada... o amor transborda

E o ponho em prosa ou verso em meu caderno.

Esqueço o frio e o som... lembro a fragrância

Da amada, o abraço, os beijos, seu calor...

Saudade é o que me vem por circunstância.

Mas doravante, seja como for,

Porque apesar de toda essa distância

Será mais forte ainda o meu amor.