Minha doce loucura

Eu que ando feito doido errante

de ermo em ermo triste soledade

suspiro e vejo no alto mirante

minha figura junto da saudade

Parte de mim guarda a mocidade

a outra parte a caraça torta

aqui ali uma delas corta

os débeis pulsos da sanidade

Eu que não amo, sucumbo a crença

porém carrego uma fé imensa

nessa loucura que me mancha a tez

Assim eu vivo tolo e insano

porém liberto do vil desengano

que atormenta quem tem lucidez.

Ebenézer Lopes
Enviado por Ebenézer Lopes em 03/06/2020
Código do texto: T6966903
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