Perfeito Poeta
Não há o deleite naquele que escreve,
e devido a uma coisa simples de entender:
é que tudo que se firma na letra, se atreve,
e o que expressa é a chave; o claro pretender.
Todas as palavras vão imergir tudo o que devem,
no desejo puro, que é de a vida compreender
sentidos, sensações, melodias, e o que servem
a fim de aprovar a arma, que assim ao proteger
Flecha e vocábulo, uivam o pretexto e emoção...
Da estrutura, da altiloquência nua, em fio e exposta,
forjando ver que a sua própria estatura é a proteção...
E o vocábulo que é insígnia e ufano, reúne em proposta
o alvo certeiro, e o discurso puro aferrolhado à mão,
cogitado, rebuscado, é o extremo fim da resposta...