Perfeito Poeta

Não há o deleite naquele que escreve,

e devido a uma coisa simples de entender:

é que tudo que se firma na letra, se atreve,

e o que expressa é a chave; o claro pretender.

Todas as palavras vão imergir tudo o que devem,

no desejo puro, que é de a vida compreender

sentidos, sensações, melodias, e o que servem

a fim de aprovar a arma, que assim ao proteger

Flecha e vocábulo, uivam o pretexto e emoção...

Da estrutura, da altiloquência nua, em fio e exposta,

forjando ver que a sua própria estatura é a proteção...

E o vocábulo que é insígnia e ufano, reúne em proposta

o alvo certeiro, e o discurso puro aferrolhado à mão,

cogitado, rebuscado, é o extremo fim da resposta...

Samira Vilaça Araújo
Enviado por Samira Vilaça Araújo em 13/08/2020
Reeditado em 08/12/2020
Código do texto: T7034207
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