SIMPLES NEVOEIRO
Silva Filho
(Rimando com a Ania em “A LUZ DA LUA...”


 
 
Navegando, bem de perto, o tempo inteiro,
Entre vagas o teu barco aparecia,
Cada aceno que o meu barco oferecia,
Esbarrava em um simples nevoeiro!
 
Nosso rádio foi um verso sorrateiro,
Nossa bússola... rumo norte não sabia,
Lá no Céu... até a lua se escondia,
E o mar foi mui cruel com o timoneiro!
 
Quando a lua ressurgiu com seu clarão,
Algo estranho fez tremer o coração,
Como sendo u’a sacudida de alguém!
 
Tempestade que não mata, revigora,
O meu barco vai seguir no mundo afora,
Porque desistir agora... não convém!