O TRAMBIQUEIRO
O TRAMBIQUEIRO
Maldito seja aquele que me vendeu
Essa branca camisa de puro linho
Que quando pr’a ela olho me aporrinho
Pois eu pensei que em mim dava, mas não deu!
O safado de fala mansa me convenceu
A comprar sem provar o presentinho
Que a mim daria -afinal moro sozinho-
Mas era chita e o ladrão desapareceu!
Perdi meu dinheiro, a camisa e o sono
Com raiva rasguei aquele pano ruim
Falaram que da loja ele não é mais dono
Ah! Se pego o salafrário eu faço assim:
Ou ele devolve meu dinheiro com abono
Ou eu faço dos meus socos o seu fim!