Exagerada

Eu sempre fui humana, exagerada
Eu amo amar o amor, sem eira e beira,
E não suporto, não, qualquer fronteira,
E, só desejo ser, também, amada.

Nudez, que para mim, resume a nada,
Quando teu corpo, o meu, enlaça, ou beira,
Porque te quero assim, como a primeira
Declaração de amor, ensimesmada.

Eu amo amar sem ter limites, nada,
E ser alvorecer e madrugada,
Amar apenas, sem promessas, juras.

Mas, afinal? Por que tu me procuras,
e não me vens inteiro, e em ti te amuras?
Eu sou a tua eterna amante amada.
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 05/09/2020
Reeditado em 05/09/2020
Código do texto: T7055216
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