A PRIMAVERA SE ESCONDEU
Lílian Maial
E então a primavera se escondeu
De medo ou de respeito a essa tristeza,
O plúmbeo decorou a natureza
E as nuvens transformaram dia em breu.
A luz de um par de olhos feneceu,
Qual rosa que perdeu sua beleza,
A chuva fez rolar, com sutileza,
As lágrimas de dor de um pobre Orfeu.
O canto melancólico das aves
Soou como um lamento funerário,
Um réquiem para mais uma estação.
O sol deitou na pauta as suas claves,
Perdeu n'algum lugar o calendário,
E se atrasou no encontro da paixão!
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Lílian Maial
E então a primavera se escondeu
De medo ou de respeito a essa tristeza,
O plúmbeo decorou a natureza
E as nuvens transformaram dia em breu.
A luz de um par de olhos feneceu,
Qual rosa que perdeu sua beleza,
A chuva fez rolar, com sutileza,
As lágrimas de dor de um pobre Orfeu.
O canto melancólico das aves
Soou como um lamento funerário,
Um réquiem para mais uma estação.
O sol deitou na pauta as suas claves,
Perdeu n'algum lugar o calendário,
E se atrasou no encontro da paixão!
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