INTEMPÉRIES NO PEITO
Silva Filho
 
 

O barco do amor seguiu avante,
Não obstante a investida de piratas,
Uma onda gigantesca de bravatas,
Deixando o timoneiro claudicante!
 
Balouça o mar um coração amante,
Que segue o lirismo das cantatas,
Tão vulnerável a dúbias cascatas,
Na trajetória de um navegante!
 
As intempéries do mar... no mar estão!
As intempéries no peito... são ventos da paixão,
Confundindo o amor com fantasia!
 
Pois nesta vida entre brumas e marulhos,
A verdade vem à tona, após alguns mergulhos,
E o boca a boca é o socorro de valia!