Impulso

Havia tempo que da alma não fluía

o impulso para uma poesia de amor...

Distração ou na verdade não havia

os olhos para conduzir o autor?

Todavia agora eu os tenho! E me convidam

carinhosamente para o nobre romantismo

meu, já quase desleixado, e me falam

de ficções. Vãs? Eu já padeço e cismo...

Queima-me a loucura que me conduz

a um desejo de amor ou a um pesadelo;

a estradas sombrias ou de forte luz...

Ruim seria acreditar que, sem algum zelo,

meu apaixonado poema não compus...

Se teu olhar intenso me pedia para fazê-lo.

Samira Vilaça Araújo
Enviado por Samira Vilaça Araújo em 01/12/2020
Código do texto: T7124758
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