Cara Metade

Por fim vindo o exorbitante instante

- E caso o mundo fosse dito que morri -

Q'eu seja inesquecível aos versos que fiz

Quando nesta vida vivi, poeta e amante!

E tornem de mim meu sumo semblante,

As trovas de amor que outrora escrevi

Que experienciando-as, assim os construí,

Para serem folheados em tempos distantes.

E aquela... - Por qual os fantasiei -

Que em minhas carícias nunca encontrei

Há de trilhar infinitamente desconhecida.

Ou sem ela perceber-se, perguntando:

- Como é capaz alguém viver amando

A quem jamais esbarrou pela vida?

Samira Vilaça Araújo
Enviado por Samira Vilaça Araújo em 04/12/2020
Código do texto: T7127258
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