LUCIDEZ E LOUCURA

LUCIDEZ E LOUCURA

O soneto que hoje fiz foi escrito

D’uma forma correta, d’um modo inverso

Sei que morro no final de cada verso

Para enfim renascer no infinito

Infinito este no qual ecoa meu grito

Nos confins de meu pequeno universo

Onde comigo falo, me contradigo, desconverso

No mesmo instante que sou feliz, estou aflito!

Travo um diálogo mudo entre lucidez e loucura

No mundo claro, na minha sala escura

Onde, cansado de não correr eu me deito

Tateando na cegueira, minha mão procura

Achar o teu semblante, a tua figura

Para dormir o sono do amor no teu peito

Francisco Monteiro
Enviado por Francisco Monteiro em 28/10/2007
Código do texto: T713262
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