Gritos do Silêncio...

(Ouvindo Screams of Silence - Never a Hero)

https://www.youtube.com/watch?v=Nn4zSkHugS8

São tantos e repetidas vezes,

ecos não se ouvem, nem mãos se estendem,

véus disfarçam, outros não compreendem

e faz tempo, são anos, não só meses...

...e no grito, a alma se dilacera

na vida que segue em elos que prendem

e que nunca, jamais se distendem,

forjados, infinitos...nada altera...

Mordaça invisível, caricata

calando, mascarando, camuflando

a união de nascença que agride e ata...

E por mais que a alma grite, se debata

na teia permanente se enredando,

é eterno o elo e o silêncio não delata...

(ania)

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Obrigada poeta Fernando pela maravilhosa interação!

GRITOS DE SOCORRO

Esta tua leitura dos meus textos,

De uma maneira assaz despercebida,

Meche comigo e com minha vida,

Mesmo sem conhecer os teus pretextos.

Não imagino qual é o contexto

De se fazer assim tão escondida,

Tua presença sempre tão querida,

Era tida por mim como intertexto.

Apelo então pra tua consciência,

Mas te esperarei com paciência,

Para poder receber os teus escritos.

Minha saudade nunca preenchida,

Pelos motivos que te viu perdida,

Entristecida quer ouvir teus gritos.

Embora sejam gritos de socorro,

Espero que eles venham senão morro.

(fcunha lima)

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Obrigada poeta Solano pela maravilhosa interação!

GRITOS

Solano Brum

Uma vez mais reporto-me, ansioso

A ti que tens o olhar voltado

Para dentro de si, meticuloso,

Tentando decifrar o algo errado...

O grito, talvez, na garganta, represado,

Do sensível rosto, outrora, formoso,

E que agora, sentindo-se amordaçado,

Não lhe deixa ouvir o apelo lamurioso!

Diante dos teus olhos, vejo-me perdido;

Somente as brasas infernais em que piso,

Dão-me a certeza de que, é a ti que amo!

Reporto-me... E me vejo aturdido,

e a teia viscosa prende-me o pobre siso

E o grito se perde enquanto o proclamo!

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Linda interação enviada pelo poeta fcunha lima. Obrigada,

amei!

PAIXÃO DO OUTONO

Se vem a estação do aconchego,

Daquele tempo úmido e muito frio,

Meus braços ante este desafio,

Se abrem aguardando o teu chamego.

Sentido no calor do teu apego,

Que chega e logo passa como um rio,

Preconizando a estação do estio,

Somente pra levar o meu sossego,

Esta estação só pode ser outono,

Nos permite ficar no abandono,

Preenchendo nosso peito tão deserto.

Existe um sonho em nosso coração,

Pronto pra receber nova paixão,

Mesmo que ela não esteja perto.

(fcunha lima)

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Soneto maravilhoso, obrigada poeta Fernando por

mais uma majestosa interação!

SONHO DA POETA A BEIRA MAR

Quando a poeta sonha na areia,

Falando então que sabe só sonhar,

Toda a espuma que tiver o mar,

Virão cobrir teu corpo de sereia.

No amanhar o sol lhe encandeia,

Quando na areia queres te deitar,

A onda fria te faz levantar,

Enquanto a luz do sol te incendeia.

Sentindo a água tu te pões de pé,

Em novo encontro botas nova fé,

Para encontrar o boto que te espera,

O dia já se foi, ficou a lua,

Que te descobre plácida e nua,

Será um sonho ou uma quimera?

(fcunha lima)