Soneto

Eu sofro pelo mendigo

Essa pobre criatura

Que carrega a desventura

Do mais tremendo castigo

Ele padece consigo

Algo de grande ternura

A sua maior tortura

É viver sem ter amigo

Dormindo pela sarjeta

Sente do rico a careta

Quando lhe pedincha o pão

A classe tosca e burguesa

Nega com toda certeza

Um forte aperto de mão

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 15/01/2021
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