VELHO

O tempo, e com ele a trôpega velhice

Vai se indo como a vida vai mandando

Gritando, calando, caindo, levantando

Hora austera, e também de sandice

É lenta, silenciosa e cheia de chatice

Ou não, cada qual com o seu mando

Se ainda for viável estar no comando

É o ápice do homem na sua meninice

E no espelho, o cabelo branco, a ruga

Pesando na idade, amadurado fruto

É a juventude numa derradeira fuga

A rua mesma, o sonho outro, apatia

Tudo é frágil em um cuidado bruto

Na chance de velho, madura poesia!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

25/01/2021, 14’11” – Triângulo Mineiro

Vídeo no Canal do YouTube:

https://youtu.be/8EriEEgW7IM

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 25/01/2021
Código do texto: T7168353
Classificação de conteúdo: seguro