QUE SAUDADE

Que saudade nesta sensação, agora

A chuva range rumorosa na vidraça

O soar do relógio, de hora em hora

A badalar. No ir o tempo não passa

Solidão. Não durmo. Como demora

Essa angustia que na ideia é pirraça

Traça que corrói, e na alma aflora

Fazendo na emoção triste negaça

Eu sei que o pensamento velando

É furioso, e de quando em quando

Vem fluídico e ao cabecear enlaça

Oh falto! E o instante percorrendo

Suspirando, gemendo e, chovendo

Lá fora. E a saudade que não passa!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

10/02/2021, 03’05” – Triângulo Mineiro

Vídeo poético no canal do YouTube:

https://youtu.be/DJI5oatD91g

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 10/02/2021
Código do texto: T7181558
Classificação de conteúdo: seguro