ESPECTRO
Inerte, perambula o féretro insepulto
Como uma folha seca que o vento dirige
E a sua alma trôpega chora e se aflige
Com a aparência fúnebre do próprio vulto.
Seu silêncio gritante, arfante e sepulcral
Ecoa no explendor dos páramos sidéreos
Aonde os urubus em seus passos funéreos
Espreitam-lhe a carcaça na marcha final.
E assim, enfim, é o fim do mestre do fracasso
Que viu em seu destino inóspito e devasso
Seus sonhos mais simplórios serem destruidos
E em porões camuflados sob os labirintos
Foram tragados pelos fantasmas famintos
Dos pútridos amores não correspondidos.
Inerte, perambula o féretro insepulto
Como uma folha seca que o vento dirige
E a sua alma trôpega chora e se aflige
Com a aparência fúnebre do próprio vulto.
Seu silêncio gritante, arfante e sepulcral
Ecoa no explendor dos páramos sidéreos
Aonde os urubus em seus passos funéreos
Espreitam-lhe a carcaça na marcha final.
E assim, enfim, é o fim do mestre do fracasso
Que viu em seu destino inóspito e devasso
Seus sonhos mais simplórios serem destruidos
E em porões camuflados sob os labirintos
Foram tragados pelos fantasmas famintos
Dos pútridos amores não correspondidos.