A árvore

Ao Olavo Bilac

Aberta, itinerante... Quanto custa

à árvore tecer vastos invernos,

fabricar fruto e sombra (dons eternos),

ser, enfim, esta majestade augusta?

Quanto vale o tempo em que a árvore aderna,

começa a tornar-se jovem anciã?

Sem sede, é como o vinho, que amanhã

tem mais valor que hoje e que ontem – é eterna.

Assim, quando suas folhas, redivivas,

tecendo o manto fino que nos cobre

enchendo-nos de flor e de esperança,

recomeçam, abraçando os convivas,

despertando novas famílias nobres,

então o mundo lhe sorri – e descansa...