A meia-noite ao som do campanário

A meia-noite ao som do campanário

Eu sigo com meus passos turbulentos

Guiado pela voz do sofrimento

Por sentimentos negros involuntários

E me encontro prostrado no santuário

Sob atra angustia de um tormento

Visando em orações algum alento

Pra aplacar a dor do meu calvário

Sem resposta me açoita a desesperança

É onde o vazio cresce e a noite avança

E é este vazio o mal que me conforta

Tal um fantasma eu vago em letargia

Fazendo do meu infortúnio minha anestesia

A dor não perdura em uma casca morta

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 07/06/2021
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