AMANTES
Jose Cezar Matesich Pinto
 
Quando a gente se encontra, pela volta,
Dos caminhos saudosos e distantes,
Não somos nada mais que dois amantes
Se o amor nos motiva e nos escolta.
 
Nosso riso mais doce então se solta
Tendo no olhar o brilho dos diamantes,
Se tornando perenes os instantes
Em que singramos águas não revoltas.
 
Viajamos em nós sem ter destinos,
Com a idade virtual de dois meninos
Redescobrindo o lado bom da vida.
 
Pois nosso amor não nos requer mais nada
Senão que cada alma, apaixonada,
Tenha a entrega total correspondida.
 
AMANTES
Edir Pina de Barros

Quando a gente se encontra, que loucura,
Alegres passarinhos, bons amantes,
Sedentos lábios, olhos mendicantes
E fissura que a carne nos tortura.
 
E tudo em nós se altera, transfigura,
Depois de nos tocarmos, por instantes,
Bebermos vinhos bons, dos espumantes,
Trocarmos tantos versos, com ternura.
 
Sequer nos perguntamos do depois,
Vivemos esse instante de nós dois,
Como se fosse o último na vida.
 
O nosso amor sem juras, compromisso,
derrama, dentro em nós, um tal feitiço
que sempre a um novo encontro nos convida.

Brasília, 8 de Agosto de 2.021
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 10/08/2021
Reeditado em 10/08/2021
Código do texto: T7318104
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