Poesia
 
Ó, tu que vens de longe, ó tu que vens cansado
Entra, e, sob este teto encontrarás carinho...
(Duas almas, Alceu Wamosy)


Oh! Tu que vens de longe, pés cansados,
e que profundas mágoas trazes junto...
Oh! Entra! Senta e cala! Eu não pergunto,
por estes olhos teus, tristes, molhados.
 
Oh! Tu que vens sozinho, de outros prados,
e chegas tão silente, sem assunto,
por conta de emoções que, no conjunto,
traduzem tua dor, os teus enfados.

Oh! Entra! Senta! Fica a sós comigo!
Não fales! Não pergunto nada agora,
está tão tarde e a noite muito fria.
 
Vem! Deita e sonha no meu colo amigo,
esquece tudo que ficou lá fora...
Sou terna e afável. Chamam-me Poesia!

 

 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 17/08/2021
Código do texto: T7322497
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