As Raízes da Morte

Minhas fossas oculares estão secas.

Estou a chafurdar no bizarro e escuro pântano.

Nem portando este lume, cuja lâmpada está acessa,

Consigo ver muita coisa na imensa escuridão.

Temeroso, sigo em frente.

O chapéu cravado na cabeça.

O rifle, em riste, na mão direita.

O medo se aproxima com um terrível som de folhas a farfalhar

Lembrando da arma, penso:

“Para aonde correr? Eu vim caçar!”

“Ficar e morrer? Eu vim matar!”

Vejo uma árvore antiga fincada no lodo.

Estrategicamente, me aproximo e para minha loucura

Sou arrebatado por imensas raízes para o fundo do pântano.