7537-POLÍCIA Versus BANDIDO - Soneto decassílabo Mesóstico em Diagonal nº 7537 Noneto nº 292 Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil.

7537-POLÍCIA Versus BANDIDO-

(Bando do Novo Cangaço morto, em Varginha)

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Soneto clássico decassílabo

Mesóstico em Diagonal nº 7537

Noneto-cantante-clássico nº 292

Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil.

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Fazer (P)olícia exige ter CORAGEM;

cursos c(O)mpletos, metas, treinos, planos;

com Forças,(L)íder firme, dá a mensagem:

policiais estudam vár(I)os anos.

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A imprensa, in(C)rível traz a forte imagem:

da operação band(I)da mostra os canos,

metralhadoras, mat(A)m, por passagem!

Todo bandido (V)isa expor enganos!

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Lá em Varginha (B)ando foi flagrado:

Novo Cangaço, quis c(A)usar terror!

Minas Gerais, em caso, já pe(N)sado,

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Na integração (D)e Forças, sem temor,

com inteligência un(I)u total DEFESA

contra os rojões de guerra (D)eu o recado!

...Vinte e seis mortes; justas, c(O)m certeza.

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Belo Horizonte, 1º de novembro de 2021.

*Jornal O TEMPO, 1º Nov. p.22/23.

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https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/7376262

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-https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com/2021/11/policia-versus-bandido-soneto.html

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NOVO CANGAÇO

MENSAGEM DO CRONISTA:

O chamado ‘Novo Cangaço”, modalidade delinquencial que vem aterrorizando a madrugada, principalmente das cidades interioranas, precisava receber respostas à altura das Forças de Segurança Pública, o que aconteceu em Varginha, Sul de Minas, na madrugada de 31Out21.

Na crônica de O Cotidiano, em anexo, juntamo-nos à sociedade brasileira para cumprimentar os policiais da PMMG e Polícia Rodoviária Federal.

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POLÍCIA v. BANDIDO

A essência de toda profissão é a Segurança no Trabalho. Sua ausência pode acarretar lesão ou morte ao trabalhador, a terceiros, e destruir o ambiente.

Atuei, por quase seis lustros, em atividade empresarial propícia a acidentes (transporte de carga e passageiros). Éramos rigorosos no treinamento e conscientização.

Dentre os muitos motoristas impecáveis, havia uma com mais de 50 anos de profissão, em rodovias federais, estaduais e zonas urbanas. Nunca se envolvera em acidentes nem cometera qualquer infração na direção veicular. Um modelo!

Nesse exemplo, recordei-me de meus tempos de jovem tenente (21 anos), atuando, à época, em região de elevada frequência de criminalidade violenta (pistoleiros e ladrões!), quando tive o privilégio de participar da equipe do legendário “Cap Pedro”.

Sua equipe submetia-se a treinamento esmerado: táticas de abordagem, tiro de combate policial... As ações eram objeto de críticas sérias, visando o aperfeiçoamento. O Chefe (maneira como o tratávamos) não admitia falhas no “fazer polícia”; era rígido na questão de “Segurança no Trabalho Policial”. Orgulhava-se em dizer que, em anos de captura, jamais perdera um policial – “não cultuo galeria de heróis mortos, prefiro a galeria de bandidos mortos”; “coragem não se confunde com imprudência”.

Essas lembranças me vêm à mente ao deparar com o noticiário oriundo de Varginha, 31Out, destacando a ação policial (PMMG + PRF) que desbaratou um contingente de bandidos organizados – 2 sítios alugados, mais de dez viaturas, farto e qualificado armamento de guerra, coletes à prova de bala, explosivos etc – prestes a desencadear a invasão da cidade, tal qual vem acontecendo nos últimos tempos (Criciúma, Araçatuba, Campinas, Passos, Uberaba...).

A Operação Policial, lastreada certamente em inteligente Estudo de Situação, resultou na surpresa, resposta avassaladora e morte de 26 bandidos. O alvo foi o denominado “Novo Cangaço”, que se caracteriza por aterrorizar as madrugadas das cidades: invasões e explosões; cidadãos, feitos reféns; e alguns perdem a vida.

Esse “Novo Cangaço”, produto, como temos destacado em crônicas anteriores, de uma série de fatores – (1) beneplácito da legislação penal; (2) degradação do sistema penitenciário, dominado pelo crime organizado; (3) fragilidade do Sistema Federal de Segurança Pública – precisava receber um golpe de frenagem, e recebeu. Varginha está agradecida por ter se livrado da barbárie, cujas consequências seriam imprevisíveis.

A Polícia, segundo seus protocolos de atuação individual ou coletiva, quando aborda o marginal, visa imobilizá-lo e prendê-lo; a morte constitui uma exceção em legítima defesa própria ou de terceiros. Contudo, e isto já alertávamos em palestra de 1985 – Violência e Terror – a caminhada da criminalidade associada ao tóxico, estava tornando o criminoso do passado “um lírico do crime”.

Hoje, não há condições da Polícia se expor perante a pesada tropa do crime organizado e propor a rendição, pois já é recebida com rojões de guerra (o bandido brasileiro, por seus feitos, crê na sua superioridade de fogo!). Foi assim em Varginha; só que, desta feita, a delinquência teve a resposta inesperada e avassaladora.

Enquanto a sociedade saúda a operação policial, um pseudoanalista lamenta que nenhum policial tenha sido vitimado no confronto, e uma deputada desfocada da realidade é favorável aos bandidos (O TEMPO, 1ºNov, p.22/23).

As Forças de Segurança Estadual e Federal deram a resposta adequada e oportuna aos infelizes bandidos do “Novo Cangaço”. Essa modalidade não pode persistir.

Agora, cabe aos Poderes Legislativo e Executivo da União atuarem no sentido de reformular o Sistema Penal, mormente no que tange ao Processo e Execução da Pena, e vedar as vulnerabilidades da Segurança Pública nas fronteiras terrestres e na área litorânea.

Meus cumprimentos efusivos aos inteligentes e destemidos policiais da PMMG e PRF – competência, eficiência, eficácia e efetividade! – que, imobilizando a poderosa organização, preservou as comunidades do Sul de Minas, principalmente Varginha.

Klinger Sobreira de Almeida – Militar Ref.

Membro da Academia de Letras João Guimarães Rosa/PMMG

Silvia Araujo Motta
Enviado por Silvia Araujo Motta em 01/11/2021
Reeditado em 01/11/2021
Código do texto: T7376262
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