Confissões

 

Jamais amei alguém perdidamente,
Que fosse, no deserto, o meu oásis,
Na mocidade, agora, em outras fases,
Ou me perdi, tal qual a tanta gente.

 

O amor não nasce, nunca, de repente,
É dom que se mantém em firmes bases,
Senão se esgarça mais que frágeis gases,
transmuda logo o afeto que se sente.

 

Paixão, confesso, um dia arrebatou-me,
Pensei morar na Antártida ou Moscou...
Pasárgada? Também, decerto iria.

 

Exige, o amor, raízes mais concretas,
Além de etéreos sonhos de poetas,
Dos versos que te fiz, da poesia.

 

Edir Pina de Barros

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 21/11/2021
Código do texto: T7390807
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