Não escrevo versos por vaidade

Escrevo poesia como um jardineiro

Que escolhe as mais belas flores

Semeando com ternura cada canteiro

Colhendo com afeto os seus amores

Em cada rima sinto teu perfume

As palavras se transformam em flores

Cada verso é um vaga-lume

Que a cada beijo morre de ciúme

Não escrevo versos por vaidade

Escrevo porque sou como o jardineiro

Semeando a terra com felicidade

Cada botão de rosa é a mocidade

Que corre menina por cada canteiro

Sem saber ainda o que é saudade...