Entre as nimbus, nuvens violentas

Entre as nimbus, nuvens violentas

Nuvens pesadas, condensadas, escuras

Habituado a repousar sem cobertura

Eu forrei a minha cama na tormenta

E incontrolável, a chuva rebenta

Insensível a minha desventura

E essa atribulação me desfigura

Eu absorvo o mal que me atormenta

Enquanto a chuva cai sobre minha pele

Vago tal um fantasma que a tudo repele

E encontro alento em uma noite fria

Pois não tive de mais ninguém alento

Sigo como as nuvens, rumo ao vento

E vivo alimentando a minha letargia

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 08/01/2022
Código do texto: T7424869
Classificação de conteúdo: seguro