O Pesar e o Poeta

Das brasas apagadas, ressurjo no calor das labaredas

Do castelo em resquícios, uma casa em céus áureos

Das passagens arriscadas, reparo nas novas alamedas

Dos escassos companheiros, inéditos amigos páreos.

No deserto estéril, encontrei gotas de uma tal alegria

Da fera alarmante, pude ver uma mão acolhedora

Da desilusão enigmática, germina uma nova magia

Da tempestade carregada e fosca, a glória merecedora.

Um sorriso taciturno deve dar a volta por cima

E a vida não é só rosácea, mas é azul, vermelha

Já são todas as cores do arco íris, e me fascina.

Aquele sorriso, será eterno da alma o espelho.

A euforia são os momentos que anestesiam a dor

E o pesar faz do poeta um brilhante compositor.

Samira Vilaça Araújo
Enviado por Samira Vilaça Araújo em 18/01/2022
Código do texto: T7432152
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