Agonia

 

Somente tu não vês o meu penar
e passas sem me olhar, indiferente,
enquanto o vento fala a toda gente
que sofro tanto apenas por te amar.

 

As pedras, que tu vives a pisar,
também soluçam  minha dor silente.
Quisera te esquecer, tirar da mente
sentir-me livre, livre como o mar.

 

Aconselhar-me tenta o sol radiante,
a me dizer: –Esquece, segue adiante,
que teu destino é ser feliz demais.

 

Sorri a boca desta noite escura
a desdenhar a minha mágoa, agrura,
enquanto, só, padeço mais e mais.

 

Edir Pina de Barros

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 05/02/2022
Código do texto: T7445715
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