ENCONTRO
Nossas almas perdidas encontrando
No vazio do outro, braço e aconchego
A carne da presença tempo quando
A dor da solidão pede sossego
Das peças todas juntas se montado
A imagem disforme pelo emprego
De cada encaixe mais aparentando
Não ter sentido algum, mas tendo apego
É como um rosto amado, conhecido
Ver meio a multidão ter segurança,
No riso ou o silêncio pertencido
Leve porção de amor e esperança
Que se pode guardar tendo cabido
Na tão cansada e ténue confiança