O Choro do indigente

Alma tu que choras e gritas

Falas pela voz dos meus olhos

Pois a minha casa tem visitas

E a boca está cheia de modos

Meus pés estão presos

Minhas mãos estão amarradas

A mente responde a estímulos

Por forças maiores consagradas

O José depois da festa está com fome

Perdido nos carnavais sem nome

Buscando gente no meio de gente

Sete dígitos me marcam com ditame

Números que jogam na vala, iludem-me

Na minha sarjeta, choro indigente...