Dois versos

Janela por janela, eu tenho a minha,

que se abre para a rua e para o céu;

e quando a noite chega, se avizinha

ao mundo que é de lua e de pincel.

Porta por porta, eu fujo às vezes, réu

de coisa que não fiz, coisa mesquinha,

só para estar à luz, andando ao léu,

na companhia que é somente minha.

Sorriso por sorriso, o meu não finda;

seja talvez disfarce de alegria,

ou de alegria a grande prova seja...

Mas olhos, eu prefiro os teus ainda:

Dois versos tão bonitos de poesia

não posso crer que noutros livros veja.

Alex Olliveira
Enviado por Alex Olliveira em 20/06/2022
Reeditado em 20/06/2022
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