Cidade Maldita
Por entre as montanhas jaz o ano
Numa areia sádica essa carniça
Jaz a inculta cidade eterna e mestiça
Que o alemão amaldiçoou no engano.
O burgo é precário, e tão desumano
Vive-se lá à mercê de uma preguiça
Fronte de velha insulsa alagadiça
Na pesca de artrópode o desengano.
As matronas prostitutas hiantes
Carnes a venda nas festas bacantes
Elas são terríveis nas pestilências.
Os analfabetos só nas reverências
Nas palavras arrombam como antes
Caronte, Lúcifer, cômodos vigilantes.
DR DMITRI