Cidade Maldita

Por entre as montanhas jaz o ano

Numa areia sádica essa carniça

Jaz a inculta cidade eterna e mestiça

Que o alemão amaldiçoou no engano.

O burgo é precário, e tão desumano

Vive-se lá à mercê de uma preguiça

Fronte de velha insulsa alagadiça

Na pesca de artrópode o desengano.

As matronas prostitutas hiantes

Carnes a venda nas festas bacantes

Elas são terríveis nas pestilências.

Os analfabetos só nas reverências

Nas palavras arrombam como antes

Caronte, Lúcifer, cômodos vigilantes.

DR DMITRI

Dr Dmitri
Enviado por Dr Dmitri em 27/11/2007
Código do texto: T755518