Soneto na mesa do meu vô

Soneto na mesa do meu vô

Debruçado sobre a mesa

Do meu bom progenitor

Eu relera com tristeza

Relato de morte e dor

Pra mim o maior terror

Era ver a natureza

Tratar com tanto rancor

A nossa humilde pobreza

Nessa velha secretária

Compus a primeira ária

Ainda quase menino

Depois de ler qualquer texto

Eu procurava um pretexto

Para iludir meu destino

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 15/07/2022
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