DUELO

Se acaso no apogeu do meu querer

Sentires nele próprio muito orgulho

Não será fingimento ou desquerer

Decerto esse vagar em que mergulho

E não haverias mais de se abster

Que o mundo acabaria neste julho

O caos se instalaria no prazer

Sem distinguir de nós qualquer arrulho

Se teus beijos refletem-se, cintilam

Multiplicando o imenso dos lampejos

Pois que esses lindos olhos mais precisam

É do elixir de um corpo benfazejo

Envolto na ventura mais sagrada

A quente majestade do cortejo

27/7/2007

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 28/11/2007
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